“Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas.
Então trouxeram os vasos de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas. Beberam o vinho, e davam louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra...” Daniel 5.2-4
Imagine o tamanho de Deus. Imagine a sabedoria de Deus. Imagine o poder de Deus... Tudo em Deus é grande demais para nossa mente limitada. O conceito de eternidade dá um nó na nossa cabeça. Deus é grande, seus pensamentos são grandes “... os meus pensamentos são mais altos que os vossos pensamentos” Isaías 59.9. Se Deus fosse nos comunicar seus planos da perspectiva de Deus, jamais entenderíamos, porque nossa mente ficou limitada (pelo pecado, não era assim no princípio). Mas, Deus queria e quer ensinar ao seu povo. Quando Deus deu o modelo do tabernáculo a Moisés foi muito cuidadoso e detalhista. Tudo serviria de figura de linguagem- a nossa linguagem – para o nosso entendimento. Porque cada uma das cores, cada material, suas dimensões, cada detalhe tinha o seu significado.
Quando o Senhor permitiu que o templo em Jerusalém fosse construído, manteve os princípios da revelação do Tabernáculo. Cada utensílio ali colocado era santo. A palavra “santo” deriva do hebraico ‘kadosh’, que quer dizer separado. Todos os utensílios do templo eram Kadesh=santos=separados. Separados para o uso exclusivo ao Senhor. Eram ungidos e separados. Exclusivamente consagrados para Deus. Mais uma vez Deus revelando sua vontade – na nossa linguagem – de forma clara para o nosso entendimento.
Quando Nabucodozor, rei da Babilônia, conquistou Jerusalém, levou os cativos e saqueou a cidade, saqueou também o templo. E aqueles utensílios santos foram removidos do seu lugar e levados para a Babilônia. O lugar mais profano da época. Que absurdo! Porém, o mais absurdo ainda estava por acontecer. Com a morte do rei Nabucodonosor assume o reinado seu filho Belsazar. Um homem ainda mais vil e sem temor. Ele dá um banquete manda trazer os utensílios santos ao Senhor para a sua orgia.
Nunca foi vontade de Deus a derrota de Jerusalém, nem mesmo eles serem levados cativos. Isto aconteceu com a Sua permissão, mas não era a Sua vontade. A vontade de Deus é que seu povo ande com Ele, aprenda dEle, seja santo! Mas o povo naquela época andava no sentido contrário. Distanciou-se do Senhor e dos seus conselhos. Andou segundo os seus próprios caminhos, se desviou. Deus tentou de várias maneiras e inúmeras vezes trazer o Seu povo de volta à Sua presença. Mas foi em vão. O único meio que quebrantaria Israel seria permitindo a derrota.
Alcançou a mensagem? Deus permite que derrotas venham para nos trazer de volta! Porque, com certeza, Ele já tentou outros meios, usou profetas/irmãos, e o nosso coração permanece endurecido. E o pior acontece. Roubo. O vaso é removido do seu lugar. O que é santo, consagrado a Deus, passa a ser usado de forma não santa. Vasos de ouro e de prata, preciosos, na mesa de Belsazar!
Eu te pergunto: Onde você está?
O Senhor te fez de maneira especial e te santificou! Exclusivamente para a glória dEle! Esse é o seu lugar! E na presença de Deus, somente no centro da Sua vontade, o inimigo não poderá tocar-lhe.
A mesa de Belsazar não é lugar para você!
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